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Profissionais de Saúde em Paralisação: Greve por Melhores Condições de Trabalho e Reconhecimento

Correio da Manhã

O sistema de saúde português enfrenta um momento crítico com a adesão de milhares de profissionais à greve, exigindo melhores condições de trabalho e um reconhecimento justo da sua dedicação. A paralisação, organizada pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSAE) e outras entidades representativas, reflete o descontentamento crescente face à falta de ações concretas que valorizem a carreira dos profissionais de saúde.

Durante anos, auxiliar de saúde, enfermeiros e outros profissionais têm alertado para as condições precárias em que atuam: baixos salários, falta de pessoal, sobrecarga de trabalho, escassez de equipamentos e a constante pressão por resultados. A pandemia de COVID-19 apenas agravou a situação, expondo a vulnerabilidade do sistema e a exaustão dos profissionais que se mantiveram na linha da frente, arriscando a sua saúde e a das suas famílias.

A FENSAE tem sido vocal na denúncia da falta de investimento na saúde pública e na necessidade urgente de implementar medidas para reverter a situação. “Os auxiliares de saúde estão cansados de discursos e palavras bonitas sem que se verifiquem ações concretas para a valorização e dignificação da sua carreira”, afirmou a porta-voz da federação. “Queremos um compromisso firme do governo em melhorar os nossos salários, reduzir a carga de trabalho, garantir a segurança no ambiente laboral e criar oportunidades de progressão na carreira.”

A greve visa pressionar o governo a apresentar um plano de ação abrangente que responda às reivindicações dos profissionais de saúde. As exigências incluem aumentos salariais significativos, contratação de mais profissionais para aliviar a sobrecarga, melhoria das condições de trabalho, investimento em formação contínua e a revisão das carreiras para garantir um reconhecimento justo do valor do trabalho dos profissionais de saúde.

O impacto da greve já é sentido em hospitais e centros de saúde de todo o país, com a suspensão de consultas, exames e cirurgias não urgentes. A situação levanta preocupações sobre a qualidade do atendimento prestado à população e a sustentabilidade do sistema de saúde a longo prazo. É crucial que o governo dialogue com os profissionais de saúde e encontre soluções que garantam um sistema de saúde público forte, resiliente e capaz de responder às necessidades da população.

A mobilização dos profissionais de saúde é um sinal claro de que a situação não pode ser ignorada. É hora de agir para valorizar aqueles que dedicam a sua vida a cuidar da saúde dos outros e garantir um futuro mais justo e sustentável para o sistema de saúde português.