Alerta sobre Redes Sociais: Especialista Defende Proibição para Crianças Abaixo dos 16 Anos

2025-05-26
Alerta sobre Redes Sociais: Especialista Defende Proibição para Crianças Abaixo dos 16 Anos
Estadão

A crescente preocupação com a saúde mental dos jovens tem levado especialistas a questionar o impacto das redes sociais na infância e adolescência. O autor e psicólogo Jonathan Haidt, conhecido por seu livro sobre saúde mental, defende uma postura rigorosa em relação ao uso de smartphones e redes sociais por crianças e adolescentes, propondo regras claras e inegociáveis para proteger o bem-estar dos jovens.

Haidt, pai de dois adolescentes, aplica em casa um conjunto de regras que visam minimizar os riscos associados ao uso excessivo de tecnologia. Uma dessas regras, que considera fundamental, é a proibição da criação de perfis em redes sociais antes dos 16 anos de idade. Essa decisão, segundo ele, é baseada em evidências que apontam para os efeitos negativos das redes sociais no desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens.

“As redes sociais podem ser particularmente prejudiciais para adolescentes que ainda estão em processo de formação da identidade e que são mais vulneráveis a pressões sociais e cyberbullying”, explica Haidt. “A exposição constante a imagens idealizadas, comparações sociais e a busca por validação online podem levar a problemas como baixa autoestima, ansiedade, depressão e distúrbios alimentares.”

Outra regra importante estabelecida por Haidt é a proibição do uso de telas no quarto à noite. Essa medida, segundo ele, visa proteger os jovens de assédio online, que é mais comum durante a noite, quando os pais estão menos atentos. Além disso, a luz emitida pelas telas pode interferir no sono, o que pode ter um impacto negativo na saúde física e mental dos jovens.

A recomendação de Haidt não se limita apenas a proibições. Ele também defende a importância de promover o uso consciente e equilibrado da tecnologia, incentivando atividades offline, como esportes, hobbies e interações sociais presenciais. “É fundamental que os pais estabeleçam limites claros e sirvam de exemplo para seus filhos, mostrando que é possível ter uma vida plena e feliz sem depender excessivamente da tecnologia”, afirma Haidt.

A discussão sobre o impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens é cada vez mais relevante, e as recomendações de especialistas como Jonathan Haidt servem como um alerta para pais e educadores sobre a importância de proteger o bem-estar dos jovens em um mundo cada vez mais digital. É crucial que as famílias abordem esse tema com seriedade e busquem informações e recursos que possam ajudá-las a tomar decisões informadas sobre o uso da tecnologia por seus filhos.

Em suma, a mensagem é clara: a saúde mental dos jovens é prioridade, e o uso responsável e moderado da tecnologia é essencial para garantir um futuro saudável e feliz.

Recomendações
Recomendações