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Um relatório alarmante da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado esta quarta-feira, 4 de junho, lança luz sobre um problema persistente em Portugal: a falta de acesso a água potável segura. Os dados revelam que cerca de 5% da população portuguesa vive sem o acesso a água potável segura, e 7% não tem saneamento básico adequado. Este cenário tem consequências graves para a saúde pública, sendo responsável por impressionantes 18% dos óbitos por diarreia no país.

A diarreia, frequentemente causada por água contaminada ou falta de higiene, é uma das principais causas de morte infantil a nível mundial. Em Portugal, apesar dos avanços em termos de saúde pública, a situação ainda é preocupante, especialmente em áreas rurais ou comunidades mais vulneráveis. A OMS sublinha a necessidade urgente de investimentos em infraestruturas de água e saneamento para proteger a saúde da população e reduzir a incidência de doenças transmitidas pela água.

Impacto nas Comunidades Vulneráveis

Os dados da OMS destacam que o impacto da falta de água potável segura e saneamento é desproporcionalmente sentido pelas comunidades mais vulneráveis, incluindo crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes. A exposição a água contaminada aumenta o risco de infeções, desnutrição e outros problemas de saúde, comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento das crianças.

Desafios e Soluções

Portugal enfrenta desafios significativos para garantir o acesso universal a água potável segura e saneamento. A degradação das infraestruturas existentes, a falta de investimento em novas tecnologias e a gestão inadequada dos recursos hídricos são alguns dos obstáculos a serem superados. Para resolver este problema, são necessárias medidas urgentes, como:

• Investimento em infraestruturas: Modernizar e expandir as redes de abastecimento de água e saneamento, especialmente em áreas rurais e comunidades carenciadas.
• Monitorização da qualidade da água: Implementar sistemas de monitorização rigorosos para garantir que a água distribuída é segura para consumo.
• Educação para a higiene: Promover campanhas de educação para a higiene, ensinando as pessoas a lavar as mãos corretamente e a utilizar a água de forma responsável.
• Gestão sustentável dos recursos hídricos: Adotar práticas de gestão sustentável dos recursos hídricos, como a reutilização da água e a proteção das fontes de água.

Compromisso com a Saúde Pública

A OMS apela ao governo português e a todas as partes interessadas para que tomem medidas urgentes para garantir o acesso universal a água potável segura e saneamento. A saúde pública e o bem-estar da população dependem disso. É fundamental que Portugal cumpra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que incluem o acesso a água potável e saneamento para todos até 2030.

Este relatório serve como um alerta para a necessidade de repensar a forma como lidamos com os recursos hídricos em Portugal. É hora de agir para proteger a saúde da população e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.