Haddad Acusa a Elite de Pretender Ajuste Fiscal com Impacto nos Mais Pobres

2025-06-27
Haddad Acusa a Elite de Pretender Ajuste Fiscal com Impacto nos Mais Pobres
Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez duras críticas, acusando setores influentes do governo de buscarem um ajuste fiscal que penalizaria desproporcionalmente a população de baixa renda. Em declarações nesta sexta-feira, 27, Haddad insinuou que a chamada “elite” estaria por trás de uma estratégia para transferir o ônus da correção das contas públicas para os mais vulneráveis, especialmente aqueles que vivem nas periferias das cidades.

“O ‘andar de cima’ quer que o pobre da periferia pague,” declarou Haddad, em um comentário que gerou grande repercussão e acalorou o debate sobre a política econômica do país. A declaração foi feita em um contexto de discussões sobre a necessidade de controlar os gastos públicos e reduzir o déficit fiscal, um desafio que o governo enfrenta desde que assumiu o poder.

Haddad, conhecido por sua postura crítica em relação às desigualdades sociais, argumenta que um ajuste fiscal mal planejado pode ter consequências devastadoras para a população mais pobre, que já enfrenta dificuldades para suprir suas necessidades básicas. Ele defende que as medidas de ajuste devem ser implementadas de forma progressiva, ou seja, que a carga tributária recaia sobre aqueles que têm maior capacidade de pagamento.

As declarações do ministro da Fazenda reacenderam o debate sobre a distribuição de renda e o papel do Estado na redução das desigualdades. Críticos da política econômica do governo argumentam que o ajuste fiscal é necessário para garantir a estabilidade econômica do país e evitar o aumento da dívida pública. Por outro lado, defensores da política de Haddad argumentam que um ajuste fiscal regressivo pode comprometer os avanços sociais conquistados nos últimos anos.

A fala de Haddad ocorre em um momento delicado para a economia brasileira, que ainda se recupera dos efeitos da pandemia de Covid-19. A inflação elevada, o aumento das taxas de juros e a desaceleração do crescimento econômico são alguns dos desafios que o país enfrenta. Nesse cenário, a discussão sobre o ajuste fiscal se torna ainda mais relevante, pois as decisões tomadas pelo governo podem ter um impacto significativo na vida de milhões de brasileiros.

O governo precisa encontrar um equilíbrio entre a necessidade de controlar os gastos públicos e a importância de proteger a população mais vulnerável. Um ajuste fiscal justo e progressivo é fundamental para garantir a estabilidade econômica do país e promover o desenvolvimento social.

Quer se manter informado, ter acesso a mais de 60 colunistas e reportagens exclusivas? Assine o Estadão aqui!

Recomendações
Recomendações