FridayOL

O depoimento de Baptista Junior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), ao Supremo Tribunal Federal (STF) chocou o país. Considerado a última testemunha de acusação contra o suposto “núcleo crucial” do golpe de 2022, suas declarações forneceram detalhes inéditos sobre o planejamento e a execução dos atos antidemocráticos. Neste artigo, destrinchamos os 5 pontos mais importantes do depoimento de Baptista Junior, que podem ter um impacto significativo no desenrolar da investigação.

1. Reconhecimento da Existência de um Plano para Prisão de Lula

Um dos pontos mais explosivos do depoimento foi a confirmação de que existia um plano para prender o ex-presidente Lula, mesmo sem mandado judicial. Baptista Junior detalhou como a estratégia visava impedir que Lula se candidatasse à presidência, alegando que o objetivo era “desestabilizar o processo eleitoral”. Essa revelação lança uma nova luz sobre as ações da FAB durante o período eleitoral e a possível participação de militares em manobras para influenciar o resultado das eleições.

2. A Participação de Oficiais da FAB na Articulação de Manifestações

Segundo o ex-comandante, oficiais da FAB estiveram envolvidos na articulação de manifestações que pediam a deposição do então presidente Jair Bolsonaro. Baptista Junior afirmou que esses oficiais atuaram em conjunto com outros grupos para organizar os protestos e disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral. Essa informação sugere um grau de envolvimento da FAB em ações que visavam minar a democracia brasileira.

3. A Utilização de Aeronaves da FAB para Transportar Manifestantes

Baptista Junior também revelou que aeronaves da FAB foram utilizadas para transportar manifestantes para Brasília, onde ocorreram os atos de vandalismo no dia 8 de janeiro. Essa informação reforça a suspeita de que a FAB teve um papel ativo no apoio logístico aos golpistas, facilitando o deslocamento de pessoas e materiais para a capital federal.

4. A Pressão Exerciida sobre a FAB para Apoiar o Golpe

O ex-comandante relatou a pressão que foi exercida sobre a FAB para que a força aérea apoiasse o golpe. Segundo Baptista Junior, essa pressão vinha de diferentes setores, incluindo políticos e empresários, que buscavam o apoio das forças armadas para derrubar o governo democraticamente eleito. Essa revelação destaca a importância de investigar a origem dessa pressão e identificar os responsáveis por tentar manipular a FAB.

5. A Consciência de Baptista Junior sobre as Intenções Golpistas

Baptista Junior afirmou que, ao longo do tempo, ele se tornou consciente das intenções golpistas de alguns militares e de outros envolvidos no planejamento dos atos antidemocráticos. Essa declaração demonstra que o ex-comandante estava ciente da gravidade da situação e da necessidade de tomar medidas para impedir que o golpe se concretizasse.

O depoimento de Baptista Junior é um marco na investigação sobre os atos de 8 de janeiro e pode levar à responsabilização de militares e civis que participaram do planejamento e da execução do golpe. As autoridades competentes devem aprofundar as investigações com base nas informações fornecidas pelo ex-comandante da FAB, a fim de garantir que a justiça seja feita e que a democracia brasileira seja preservada.