Mota Amaral Defende Revisão Urgente da Lei das Finanças das Regiões Autónomas: Um Apelo à Mudança

Mota Amaral Clama por Revisão da Lei das Finanças das Regiões Autónomas
O antigo presidente do Governo Regional dos Açores, Mota Amaral, intensificou o seu apelo à revisão urgente da Lei das Finanças das Regiões Autónomas (LFR). Num discurso carregado de significado, Amaral defendeu que esta questão deve transcender as discussões políticas habituais e tornar-se num “grito de um povo”, refletindo a necessidade premente de ajustar a legislação para garantir a sustentabilidade financeira e o desenvolvimento das regiões autónomas.
A Lei das Finanças das Regiões Autónomas, que regula a gestão financeira dos Açores e da Madeira, tem sido alvo de críticas recorrentes devido à sua complexidade e às limitações que impõe à capacidade das regiões autónomas de gerir os seus próprios recursos. Mota Amaral, um nome proeminente na política açoriana, argumenta que a lei atual sufoca o potencial de crescimento económico e impede a implementação de políticas públicas eficazes.
Os Desafios da Lei das Finanças
A principal crítica reside na dependência das regiões autónomas em relação às transferências financeiras do Estado central. Esta dependência limita a autonomia das regiões na tomada de decisões económicas e orçamentais, tornando-as vulneráveis a mudanças nas políticas governamentais em Lisboa. Além disso, a lei impõe restrições ao endividamento das regiões, o que dificulta o investimento em infraestruturas e o financiamento de projetos de desenvolvimento.
Mota Amaral sublinha que a revisão da LFR não é apenas uma questão técnica, mas sim uma questão de justiça e equidade. As regiões autónomas, com as suas particularidades económicas e sociais, devem ter a capacidade de gerir os seus próprios recursos de forma autónoma e responsável. Uma revisão da lei permitiria às regiões adaptar as suas políticas às suas necessidades específicas e promover o desenvolvimento sustentável.
Um Apelo à Ação
O antigo governante apelou à mobilização da sociedade civil e à pressão política para que a revisão da LFR seja colocada na agenda do Governo. A sua visão é que esta questão deve ser debatida abertamente e que todas as partes interessadas – incluindo os partidos políticos, as associações empresariais, os sindicatos e a população em geral – devem ter a oportunidade de expressar as suas opiniões.
“Esta não pode ser uma decisão tomada apenas em Lisboa. As regiões autónomas devem ter voz ativa na definição do seu futuro financeiro”, afirmou Mota Amaral. O seu apelo é um convite à reflexão e à ação, um lembrete de que a sustentabilidade financeira das regiões autónomas é fundamental para o futuro de Portugal.
Próximos Passos
A revisão da Lei das Finanças das Regiões Autónomas é um processo complexo que exigirá um diálogo construtivo e um compromisso político. No entanto, a urgência da situação e a importância da questão justificam um esforço concertado para encontrar uma solução que garanta a autonomia financeira e o desenvolvimento sustentável das regiões autónomas. A mensagem de Mota Amaral é clara: a hora da mudança é agora.