Portugal no Desporto de Alto Rendimento: Urgente Fim ao Assistencialismo e Aposta em Parcerias Público-Privadas

2025-07-17
Portugal no Desporto de Alto Rendimento: Urgente Fim ao Assistencialismo e Aposta em Parcerias Público-Privadas
Observador

O desporto de alto rendimento em Portugal enfrenta um desafio crucial: a necessidade de abandonar um modelo assistencialista que se mostra ineficaz e insustentável a longo prazo. A urgência de uma mudança de paradigma é evidente, e exige a implementação de políticas coerentes, um Estado mais proativo e um setor privado mais engajado.

Durante anos, o apoio ao desporto de alto rendimento tem sido caracterizado por uma abordagem dispersa e, por vezes, assistencialista. Subsídios pontuais, falta de planeamento estratégico e a ausência de uma visão clara para o futuro têm comprometido o potencial dos nossos atletas e a competitividade do desporto português.

Para reverter esta situação, é imperativo que o Estado assuma um papel mais ativo e estratégico. Isso implica a criação de um quadro legal e regulamentar que incentive o investimento privado, defina critérios claros de apoio e promova a transparência na gestão dos recursos.

A par do envolvimento do Estado, o setor privado tem um papel fundamental a desempenhar. As empresas podem contribuir através de patrocínios, programas de apoio a atletas e a equipas, e da criação de oportunidades de emprego para desportistas de alto rendimento. É crucial que as empresas vejam o desporto como um investimento estratégico, capaz de gerar valor para a marca, promover a imagem de Portugal e inspirar a sociedade.

A colaboração entre o Estado e o setor privado é a chave para o sucesso. É preciso criar um ambiente de confiança e parceria, onde ambos os setores se sintam motivados a investir no desporto de alto rendimento. A definição de objetivos comuns, a partilha de responsabilidades e a avaliação regular dos resultados são elementos essenciais para garantir a eficácia desta colaboração.

Além do apoio financeiro, é fundamental investir na formação de técnicos, na melhoria das infraestruturas desportivas e na promoção do desporto nas escolas. O desporto deve ser visto como uma ferramenta de desenvolvimento integral, capaz de promover a saúde, o bem-estar e os valores como o trabalho em equipa, a disciplina e a perseverança.

A mudança para um modelo mais sustentável e eficiente exige coragem, visão e a colaboração de todos os intervenientes. É hora de deixar para trás o assistencialismo e apostar num futuro onde o desporto de alto rendimento seja um motor de desenvolvimento económico, social e cultural para Portugal.

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